quarta-feira, dezembro 15, 2004

jag kan inte tala svenska så bra



Em meados dos anos 90, o sueco Jay-Jay Johanson era um rapazinho débil com um ar anémico e franzino, muito longe do arquétipo do nórdico musculado, bem-constituído e a respirar saúde que os elementos masculinos dos ABBA e os jogadores do Benfica Stromberg e Mats Magnusson ajudaram a criar. Foi nessa condição que editou o seu primeiro álbum, Whiskey, que veio a revelar-se uma obra de culto em alguns países europeus, Portugal incluído. A sua frágil figura acabava por ser o veículo ideal para promover uma voz de crooner lo-fi envolta numa produção caseira de electrónia crua e pueril, a cantar dores de corno, ingenuidades sentimentais e maleitas amoroso-pós-adolescentes.

Confirmando a genial evidência de que a inocência não sobrevive a isto – nem mesmo a falsa inocência -, o rapaz foi gravando mais uns álbuns, cujos nomes não interessarão muito, ganhando em produção, imagem e pose o que foi perdendo do seu encanto original.

Hoje é um homem feito e confiante em si mesmo, conforme comprova a imagem que promove os seus concertos em Portugal no final desta semana. Apesar das reservas evidentes, as alternativas são um FC Porto x Moreirense na SportTV ou um passeio até à árvore de Natal dos Jerónimos.

1 scone(s)

Às 15/12/04 17:51, Anonymous Anónimo disse...

Pois, confesso que não fui logo à baila com o 1º álbum e que inicialmente a música "Digam às gajas que eu estou de volta" me irritava qb... depois lá se foi entranhando. Ainda gravei o 2º álbum (Poison, não é?) numa velha cassete que ainda está perdida no carro... depois esqueci o senhor e neste momento pouco sei dele. É a vida...

 

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