sábado, janeiro 29, 2005



Foste um anjo. És uma estrela.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

twilight zone

Deixem-me ver se entendo: o Louçã invoca o modelo tradicional de família contra o líder do CDS, o Soares defende o programa do Bloco, o Freitas apoia - e vota - (n)o PS, o Cavaco ataca o PSD... Agora só estou à espera da coligação PCP / CDS!

Alguém põe ordem nisto? Queremos saber quem são os bons e onde estão os maus!

As saudades que tenho da guerra fria...

P.S.: Bom dia! E bom fim-de-semana.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

o fim de uma bela amizade



Acabei hoje! Não adoeci e (acho que) não contagiei ninguém.

tempo

Tenho de arranjar tempo.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

primavera / verão 2005

O Público avançou as datas já conhecidas dos piquenicões de Verão:

-Super Bock Super Rock, 27/29 de Maio;

- Meco, 9 de Julho;

- Músicas do Mundo, 28/30 de Julho;

- Vilar de Mouros, 28/31 de Julho;

- Sudoeste, 4/7 de Agosto;

- Paredes de Coura, 17/20 de Agosto.

rádio clube português

This is the next century
The universal is free
You can find it anywhere
Yes, the future has been sold
Every night we are gone
And to karaoke songs
We like to sing along
Although the words are wrong

It really, really, really could happen
When the days they seem to fall through you
Just let them go

No one here is alone
Satellites in every home
The universal is here
Here for everyone
Every paper that you read
Says tomorrow is your lucky day
Well, here's your lucky day

Damon Albarn / Blur, The Universal

terça-feira, janeiro 25, 2005

abaixo-assinado

No Bloguítica, uma entrada sobre as últimas de alguém que sabe o que é o sorriso de uma criança.

...

Uma sala de trabalho deserta, fora d'horas e em silêncio é quase como uma casa. Maçã assada, onde estás?

bom dia!

segunda-feira, janeiro 24, 2005

fim-de-semana prolongado

[1] Fui ikear pela primeira vez e não gostei.

[2] O François Ozon continua a fazer filmes enfadonhamente agradáveis.

[3] Nem uma nova pontezinha prometida? Uma auto-estrada anunciada? O TGV entre Canas de Senhorim e Nelas? Nada?...

dois pesos, uma medida

«O senhor não sabe o que é gerar uma vida. Não tem a mínima ideia do que isso é. Eu tenho uma filha. Sei o que é o sorriso de uma criança. Sei o que é gerar uma vida.»

Francisco Louçã, dirigente do Bloco de Esquerda


«Nós podemos construir uma comunidade de cidadãos mesmo que em algumas questões de moralidade tenhamos opiniões diferentes. A questão é, isso sim, da não discriminação. O Estado não tem o direito de meter o nariz nessas questões de moralidade e ninguém pode ser discriminado com base na sua orientação sexual ou qualquer orientação de género.»

Rocco Buttiglione, ministro italiano afastado da 'Comissão Barroso' por afirmações proferidas sobre a homossexualidade e a condição da mulher, e substituído pelo francês Jacques Barrot, condenado judicialmente no seu país num processo de financiamento ilegal de partidos políticos


Infelizmente, não foi só isto que foi dito. Buttiglione, no seu recontro, citou Kant em sua defesa, argumentando com a diferença entre moralidade e direito. Louçã, aparentemente, já se esqueceu do que disse, deixando espaço para os seus sequazes apresentarem justificações ridículas, apoiadas em espúrias e perigosas declarações sobre a vida privada de Paulo Portas e o seu consequente grau de 'conservadorismo'. Não perceberam e eu também não.

Ora se desculpando com o 'contexto' - o qual, provocado pelo maquiavélico Portas, terá motivado o deslize ao incauto Louçã, no pensamento de Luís Fazenda -, ora com a distinção entre opinião e política, o Bloco utiliza os argumentos que indeferiu no caso do italiano, com as naturais perdas de originalidade, de razoabilidade e de inteligência face ao primeiro, como é costume em qualquer remake de má qualidade.

Mal algum há-de advir, já que a cartilha intolerante do politicamente correcto é fiel aos seus e não será a buttiglionização do Bloco que irá interferir nisso. Resumindo, é apenas um caso de dois pesos e uma medida - a que mais lhes convém.

domingo, janeiro 23, 2005

A lei dos amantes (57)

Amar

P.S.: Desculpa a intromissão, Tiago. Espero que não leves a mal.

sábado, janeiro 22, 2005

plano b

Um pão do Torrão gigante, dois queijos de Mértola e um paio de porco preto. Falta a serra, o rio e o mar. E o resto. Mas já estou de saída...

sexta-feira, janeiro 21, 2005

doces ou salgados

Em que pratos é que apostariam se amanhã fossem a um piquenique com concurso gastronómico?

agora que falas nisso...



Hoje vai andar à roda o Out of Season, da Beth Gibbons & Rustin Man. A imagem foi obtida aqui.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

breaking news

De acordo com uma notícia publicada no sítio da BBC 6 Music, os Portishead estão juntos e a trabalhar num álbum novo.

Eu hoje já não trabalho e, completando o kit nostalgia já servido, fico-me a ouvir álbuns antigos:

All the stars may shine bright,
All the clouds may be white,
But when you smile,
Oh how I feel so good,
That I can hardly wait

To hold you,
Enfold you,
Never enough,
Render your heart to me.

All mine,
You have to be
(...)


Boa noite, noite.

generation gap

A Heidi do meu tempo


Heidi, boneco animado


A Heidi dos dias de hoje


Heidi Klum, super-modelo alemã e boneca animada

já acordei

Café, leite, uma música piegas dos Belle & Sebastian, a luz difusa num céu ainda ensonado e uma ida à varanda para inalar o dia e dar de caras com a vizinha a estender roupa de roupão turco e cabelo em desalinho. Olá, quinta-feira.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

82

Colhe
todo o oiro do dia
na haste mais alta
da melancolia


Eugénio de Andrade faz hoje 82 anos.

terça-feira, janeiro 18, 2005

exfoliating scrub

- Sabe quem é que se vai casar? A Paulinha!
- Ai vai? Ah, ela também já não é nova.
- Avó, ela é da minha idade...

subsídio de maternidade

Urgentemente

É urgente o amor.  
É urgente um barco no mar.  

É urgente destruir certas palavras,  
ódio, solidão e crueldade,  
alguns lamentos,  
muitas espadas.  

É urgente inventar alegria,  
multiplicar os beijos, as searas,  
é urgente descobrir rosas e rios  
e manhãs claras.  

Cai o silêncio nos ombros e a luz  
impura, até doer.  
É urgente o amor, é urgente  
permanecer.


Eugénio de Andrade


P.S.: Obrigado. Bom dia!

segunda-feira, janeiro 17, 2005

...

Um dia da treta que nem sei porque perco tempo a descrevê-lo aqui. Não se preocupem, que vai ser rápido:

[1] Trabalho, com uma 'acção de formação' (início da treta) que durou o dia inteiro; ainda que tenha

[2] Parado para almoçar por volta das 13h20, com recomeço às 14h00. Aparentemente e para padrões mais urbanos, horas mais do que decentes, mas aqui apenas serviu para

[3] Me empanturrar com batatas doces fritas, queijo, pão caseiro e um prato que ainda não foi inventado, em que a minha avó juntou camarão, lulinhas e postas de peixe desbastadas, o ideal para ficar

[4] Enfardado a tarde inteira e só conseguir beber água e chá ao lanche e jantar, respectivamente (agora, como se não bastasse a treta de dia, ainda imponho o rei dos advérbios da treta). Enfim, depois

[5] Do trabalho ainda tive de responder a mais umas solicitações por conta própria e consegui chegar a casa

[6] Agora!, cheio de sono, com tudo num caos e sem boas indicações sobre o que irá acontecer amanhã.

[7] Obrigado.

domingo, janeiro 16, 2005

moral da história

Viajar faz bem. Nem que seja para ir só ali.

sábado, janeiro 15, 2005

para sul

Então, vamos lá.

3, 2, 1

A plasticina foi lançada.

when the music's over

Umas noites valem mais do que outras. Umas são manhãs. Esta viveu-se a saltar de poiso em poiso, com uma trupe de guitarra na mão. Festas, músicas, casas e alegria pura misturadas no negro que ainda não se fez dia.

- Por onde tens andado?

Eu também não te tenho visto. Se calhar, temos andado por sítios diferentes.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

eu sei que dia é hoje

Dia de mar, de ir à rua, dia de hoje.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

previsão do estado do tempo no continente


Gerhard Richter, Seestück (bewölkt), 1969

Imagem obtida no sítio do Staatsgalerie Stuttgart.

reineta



A maçãzinha tem uns produtos novos. O que estão a ver é o pequeno Mac mini, um computador de reduzidas dimensões e vendido (teoricamente) a um baixo preço, sem teclado nem monitor. Um mais-do-que-portátil (1,32 kg) que já está disponível em Portugal (depois deixo a morada para envios).

Em complemento a esta estretégia de poupança de espaço e de dinheiro, saiu também o iPod shuffle, o irmão mais pequeno desta ilustre família.

Agora fiquei curioso sobre o que estará dentro deste imenso caixote cinzento da Compaq que tenho sob o meu monitor aqui no trabalho...

escapadinhas

E por que não aproveitar estes dias para uma escapadinha longe do stress da cidade e do emprego? Relaxe e siga as nossas sugestões, onde prometemos o sossego de alguns dias bem passados sem gastar balúrdios.


São Tomé e Príncipe, os encantos do Atlântico Sul

A Netviagens propõe-lhe um programa de sete dias neste maravilhoso arquipélago africano, onde terá a oportunidade de conviver com a natureza intacta e de gozar temperaturas a rondar os 26º centígrados. Embarque connosco nesta viagem de sonho, ao seu alcance a partir de € 671,00.


Fim-de-semana subaquático no litoral alentejano

Para os entusiastas do mergulho, propomos um fim-de-semana em Vila Nova de Milfontes aos cuidados da Alentejo Divers. Este centro de mergulho organiza saídas em toda a costa alentejana e Algarve, dispondo igualmente de uma loja e de uma escola, onde são ministrados cursos da conceituada PADI. Milfontes é uma pitoresca aldeia turística por excelência, onde poderá encontrar todo o tipo de alojamento desejado.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

msn messaging

tu vês a planície

uma hora

É curta, mas esta pausa para almoço é um dos melhores momentos do dia. Livre de snack-bars, mini-pratos, ementas turísticas, pratos do dia, couverts, meias-doses, lojas das sopas, pizzas, filas e confusões. E em boa companhia.

É o campo no seu esplendor.

guilty pleasure #1



«Maria Albertina deixa que eu te diga
Ah... Maria Albertina deixa que eu te diga
Esse teu nome eu sei que não é um espanto
Mas é cá da terra e tem, tem muito encanto
Esse teu nome eu sei que não é um espanto
Mas é cá da terra e tem, tem muito encanto

Maria Albertina como foste nessa
De chamar Vanessa à tua menina?
Maria Albertina como foste nessa
De chamar Vanessa à tua menina?»



Eu não queria, mas não consigo deixar de gostar deste aproveitamento natalício do António Variações.

As vozes dos Humanos foram entregues a uma lenda viva, a uma boa artista e a um david-qualquer-coisa e o álbum recomenda-se. Mesmo a quem coloca sempre algumas reservas a este tipo de 'iniciativas'.


terça-feira, janeiro 11, 2005

cadernos do laçarote – XVIII

rua antónio aleixo
11.Janeiro.2005
23h09




Antes de os colonos chegarem, o largo do Kinaxixe, no centro da cidade, era ocupado pela lagoa do Kinaxixe, local que animava ideias do imaginário africano, como a de Kianda, divindade do mar confundida, por nós, com uma sereia. Com o largo desapareceu a lagoa e cresceram alguns prédios à sua volta. O da imagem acima, conhecido como o 'prédio em construção do Kinaxixe', é um edifício de dez andares que nunca foi acabado, o que não impediu que fosse ocupado após a independência e que hoje albergue muitas famílias. Tem luz, vida e um buraco cheio de água ao lado - a nova lagoa do Kinaxixe.


Desde que cheguei a Portugal que fiquei com a impressão de que tinha deixado o trabalho incompleto, mas tem-me faltado tempo para reparar a obra. Impõe-se, claro e com teria de ser, um grand finale levemente moralista, com observações sérias, avisos pensados e um olhar crítico-nostálgico-melancólico. Vou despachar isso num instante e considerar o assunto encerrado.

As duas ideias centrais:

#1: Quem pode, não vive bem - vive MUITO bem.

#2: A pobreza e a extrema riqueza convivem lado-a-lado, em (aparente) pacífica convivência e sem distâncias ou segregação.

Efectivamente, a vida boa é muito boa. Mas tem um custo elevado, muito elevado; o qual, podendo pagar-se, permite fazer umas flores que não se arranjam nesta estufa. Prova disso - entre outras, como o elevado custo das habitações de luxo dos bairros mais bem-postos da capital - é a frota automóvel do país, já aqui mencionada. É piada recorrente, e nem por isso menos verdadeira, afirmar-se que, quando se quer ter a certeza se determinado carro já foi lançado no mercado mundial, vai-se à rua da sede da empresa petrolífera nacional e confere-se se já lá está estacionado. Há mesmo quem diga que certos modelos aparecem lá antes de serem anunciados nas revistas da especialidade.

O que também é verdade é que, nessa mesma rua, se encontrarão os mesmos miúdos de rua, a pedirem, a venderem e a lavarem carros; as kitandeiras nos passeios ou a passarem com o produto sobre a cabeça e tudo o resto que se vê em todas as ruas da capital, seja nos bairros finos, seja nas travessas mais esconsas ou vias rápidas engarrafadas. Isto foi, para mim, uma novidade neste tipo de países, já que me habituei a ver as zonas 'nobres' vedadas à indigência autóctone. Aqui não, a cidade é una e aberta a todos, ricos e pobres obrigados a conviverem e a sofrerem uns com os outros.

A pobreza, apesar de muita, nada tem que ver com as imagens das crianças subnutridas e com os abutres a sobrevoarem-lhes a cabeça que normalmente associamos à miséria africana. Existirá, por ventura, mas a que está mais presente é a pobreza do dia-a-dia, não obstante parecer que, em termos de bens supérfluos, certas classes da sociedade - e não me refiro às mais elevadas - já terem uma boa dose de ocidentalização desnecessária e anacrónica. Falta o resto: mais básico, mais necessário, mais valioso.


Graffiti nos destroços da isolada aldeia do Bom Jesus

Uma tentação que se é levado a ter após as primeiras horas é achar que está tudo para fazer, que qualquer negócio vingará ou que todas as iniciativas poderão ter sucesso. Alguns dias depois, somos confrontados com o facto de o país já há muito ter sido descoberto e podemos ter a certeza que todas essas ideias já alguém teve. O difícil não é ver o que falta, mas poder fazê-lo. E ser entendido, numa cultura que o que tem de comum com a nossa foi imposto durante e há muitos anos e que, se calhar, tem preocupações mais genuínas do que aquilo que, hoje, nós entendemos como necessidades.

Enfim, a cidade, em resumo, e a sua organização social - a nossa - pareceu-me um produto desnecessário para quem dela iria fruir, cujo manual de instruções não foi entregue ou devidamente traduzido para a essência de quem a iria habitar. E hoje, apesar de tudo, o sol nasce, quente, e quatro ou cinco rapazes e raparigas dançam efusivamente na esplanada de uma praia ao som de um música altíssima, enganando alguns trabalhos de limpeza quem alguém decidiu ser importante atribuir-lhes.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

ouvido-lido-olvido

«Look, you're here just for a drink and a conversation. And I'm here for myself.»

Epígrafe da Antologia Poética 1971-1994 de João Miguel Fernandes Jorge, atribuída a uma prostituta que se dirigia a um estrangeiro num bar do Cais do Sodré.

#2

Resoluções para a segunda semana do ano

[1] Ler

[2] Fazer exercício físico

[3] Convalescer

[4] Não voltar a adoecer

[5] Beber muita água

[6] Arranjar tempo

[7] Conquistar o mundo

domingo, janeiro 09, 2005

the hills are alive!...



Bom dia!

sábado, janeiro 08, 2005

bad timing



Revelando um sentido de oportunidade notável, a campanha de Pedro Santana Lopes reformulou os cartazes para as próximas eleições, substituindo o cartaz da discórdia (ver entrada anterior) pelo que encima esta entrada.

Uma breve análise ao cartaz releva que os seus responsáveis procuraram passar uma mensagem forte, utilizando palavras que preocupam e captam a atenção dos eleitores nos dias de hoje, como é o exemplo do vocábulo 'marés'.

Aguarda-se ansiosamente que o respeito, responsabilidade e bom gosto aqui evidenciados encontrem seguimento em novas iniciativas, quem sabe com o Pedro a anunciar que, com ele, Portugal manter-se-á na crista da onda, gerando um epicentro de reformas que provocará um tsunami de crescimento.

P.S.: Esta imagem, obtida no Portugal Diário, é má de mais para ser verdade e prova, sem qualquer necessidade, que, com este senhor, a Lei de Murphy alcança constantemente novas dimensões. É de mau gosto, desapropriada, infeliz e desrespeitosa. E não é preciso uma grande visão para vislumbrar isso, basta conseguir alcançar para lá do próprio umbigo.

entrada para encher chouriço

Não leiam esta. Escrevi-a apenas para ganhar fôlego para a seguinte.

a montanha pariu um rato?

Descubra as diferenças!


Mount Rushmore, imagem obtida aqui



Montes de Trapalhadas, imagem obtida aqui

sexta-feira, janeiro 07, 2005

quiet nights

Como posso aqui escrever o 'Aos Pés da Cruz' que me está a ser dado agora pelo Miles Davis?

quinta-feira, janeiro 06, 2005

8,9 emergência na ásia

Nesta época de saldos, frequente as melhores lojas e invista em bons produtos:

- AMI - Assistência Médica Internacional;

- Cruz Vermelha Portuguesa;

- Médicos do Mundo;

- Unicef.

barras laterais reforçadas

É já aqui ao lado. Não, rodem a cabeça ligeiramente para a direita e corram a página um pouco para baixo; encontrarão uma caixa com ligações para alguns blogues bem frequentados. Uma excelente alternativa às minhas entradas sobre doenças e medicamentos - agora já podem fugir daqui mais rapidamente.

jantar de reis

Cecrisina
Mephaquin
Mucodox
Nimed
Sinutab II
Pulmicort Nasal Aqua
Neocef

Há anos que não olhava fascinado para um comprimido efervescente de vitamina C a fervilhar num copo de água.

serviço nacional de saúde

- Coma! Tem de comer, se não isso rebenta-lhe com o estômago todo!

quarta-feira, janeiro 05, 2005

boa noite, melhores dias

Este cantar dos anos de pobreza
diferente da vida e tão diverso
do poderoso som da esperança

por entre os dentes vis de que se nutre
a sua boca
sopra da aflição a turva música

Este cantar dos anos que a mudança
do canto feliz fez diverso da esperança
é um canto de esperança enquanto canta

Gastão Cruz

raios!

Estou doente outra vez.

terça-feira, janeiro 04, 2005

b'ah!...

Não percebo como é que tinha tempo para escrever durante as férias e agora já não tenho tempo para nada. E só cheguei há dois dias.

P.S.: Boa noite.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

sol e frio

Avião às 23h30, aterragem às 6h00 do dia seguinte, viagem de Lisboa até cá, entrada ao serviço às 9h30, arrumação das malas e da tralha natalícia até agora. Já cheguei, sente-se.

domingo, janeiro 02, 2005

cadernos do laçarote – XVII


Embondeiro em Cabo Ledo

Fotografia da autoria do meu pai.

cadernos do laçarote – XVI

praia do tamariz, ilha
2.Janeiro.2005
10h28 em Portugal


Sim, são muito parecidas. A diferença é que nesta a água está ligeirissimamente mais quente e limpa e o calor de Dezembro obriga a que nos protejamos do sol. Para além disso, a outra diferença é a substituição da pessoa que zela pelos banhistas - aqui não há nadador-salvador (não é muito necessário) e o que vejo de mais parecido sobre a areia é um senhor de farda de caqui, botas da tropa e um bastão.

Foi para o primeiro banho do ano, último dia por aqui.Ontem, dia 1 de Janeiro, foi um normal primeiro dia do ano, sem nada para fazer. A passagem de ano foi conforme o previsto, não obstante o upgrade do fogo-de-artifício a colorir a baía, lançado da fortaleza e da marginal, junto à ponte para a ilha.

Enfim, passou-se bem. Como tenho fusos horários de vantagem sobre a maior parte de vós, posso dizer-vos, em antecipação, que 2005 tem corrido bem; eu, pelo menos, estou a adorar. Logo vêem se não me darão razão daqui a bocado.

Eu não disse?

Despeço-me por agora. A mala já está feita e a partida próxima. Volto já.

cadernos do laçarote – XV

bairro dos coqueiros
1.Janeiro.2005
9h28 em Portugal


Algumas notas soltas:

[1] Um miúdo no terraço / telhado de um prédio altíssimo no bairro dos cubanos, de braços no ar, contra o céu à beira do precipício.

[2] Aqui todos pedem, vendem, arranjam esquemas para conseguir dinheiro: os da rua porque não lhes resta mais nada, os dos serviços, cafés, restaurantes, repartições por conveniente necessidade. Falta o troco, não há desse, paga taxa de urgência e outras mais elaboradas servem para dar a entender que é preciso ‘gasosa’. Porém, longe da capital, é possível dar-se 5.100 kwanzas para pagar um almoço de 5.000 e ouvir a empregada, menina quase criança, dizer que “esta nota está a mais”, não sabendo como proceder perante aquilo a que os estranhos chamavam de ‘gorjeta’.

[3] Bairro dos cubanos, supermercado dos italianos, carros de todo o lado, Armazéns do Minho, a Zuid - casa holandesa, loja dos sul-africanos, produtos brasileiros, lojas chinesas de fotografia – se Nova Iorque é um melting-pot, esta é um boiling-pot.

[4] Desafio ao ‘Paradoxo do Valor’:

- Um litro de água: 100 kwanzas
- Um litro de gasolina: 43 kwanzas

São cerca de 1,00 e 0,43 euros, respectivamente.

[5] Falaram-me de um bar na ilha com tostas de lagosta.

[6] Devem pensar que vou ficar aqui a escrever quando sei o caminho para a ilha, não?

[7] Vá, só mais esta: Bom Ano Novo!

cadernos do laçarote – XIV

cabo ledo
último dia do ano
14h18 em Portugal



Praia de Cabo Ledo

Eu não disse? E nada melhor do que um bom banho de mar para purificar o nosso corpo e limpar todos os males.

Escrevo da Pescaria Queirós, onde depois de um arroz de marisco à angolana acabado de servir, o dito senhor Queirós, um homem corpulento e conversador, sentou-se à nossa mesa com uma garrafa de whisky e vai contando velhas histórias da sua vida passada por África. O estilo – mais da personagem do que da narrativa – faz-me lembrar os xerifes de alguns restaurantes portugueses, que gostam de conversar com os seus clientes enquanto gritam para toda a gente e insultam desinteressadamente os que vêm a chegar.

A praia é muito bonita e permitiu algumas braçadas e o contacto com os pescadores locais, que, à falta das novas condições de conservação da base da sua alimentação, se dedicam à salga e à secura do peixe.


Miradouro da Lua

No caminho até cá, passámos pelo miradouro da lua e pela Barra do Kwanza. Sensível aos pedidos recebidos e com pouca vontade de escrever, acaba-se aqui o texto, venham as fotografias.


Barra do Kwanza

P.S.: A passagem de ano será em Luanda, provavelmente em casa. E Cabo Ledo aqui, com as suas tendas, jangos e bungalows sobre a praia…


Cabo Ledo