mis-shapes, mistakes, misfits

Amanhã podia ser uma grande dia para uma arruada musical, com um concerto do Rufus Wainwright no Coliseu de Lisboa e uma sessão after-hours na danceteria Luz com o Jarvis Cocker, alma mater dos defuntos (mas sempre vivos) Pulp, de si mesmo e de uma parte considerável do universo.

Digo 'podia' porque os fãs da banda que vem fazer a segunda parte do Rufus decidiram esgotar o Coliseu, o que fará com que eu desista do programa por inteiro. O que vale é que o senhor voltará a Portugal em Abril sem os emplastros de amanhã, com concertos a 24 e 25 em Lisboa e no Porto, respectivamente. Deve bater p'raí com uns trinta concertos do Sérgio Godinho, Janita Salomé, Vitorino e demais homenagens à liberdade e ao Zeca Afonso perpetradas pelos habituais sequisosos aproveitadores capitalistas do 25 de Abril, mas acho que a escolha será fácil.

Aos que irão cumprir o programa amanhã, quer total, quer parcial, os meus votos de um bom divertimento. Adianto já que escusam de vir para aqui com comentários jocosos, a fazer pouco da minha ausência e a contar como foi bom: o Rufus vi há pouco tempo e, há muitos anos, quando o mundo era mundo, vi os Pulp no campo de treino do Estádio das Antas, numa noite em que desfilaram seguidinhos os próprios, os Ben Folds Five, o Nick Cave e o Moby. Got it?

Agora vou dormir. Preciso de ler e tenho as raparigas em flor à minha espera.