à boca das urnas

Tal foi o tempo que demorei a responder à sondagem lançada pel'O Melhor Anjo.

Já votei e escolhi o Larry (fortíssimo Clive Owen). É esta a minha resposta à pergunta colocada: no filme Closer, quem é que ganha o jogo?

A principal razão é simples: apenas ele se dispôs a 'jogar'. Os outros não me parece que joguem: a Alice tenta apenas (?) sobreviver, a Anna não precisa de ir a jogo (cai-lhe sempre tudo na mão) e o Dan, apesar de apresentado como o Príncipe Cínico original, é de uma fragilidade confrangedora, perdido num misto de ingenuidade e maldade infantil fora de prazo.

O vencedor, para mim, é mesmo o Larry: ele montou o jogo, lutou e decidiu-se a ganhá-lo; o que é corroborado de uma forma um bocado brusca no evoluir da narrativa, em que o bom selvagem vai dando lugar ao selvagem ardiloso.

Apesar de tudo, no fim cada um fica com aquilo que verdadeiramente queria, era; uns livres, outros não e outros sozinhos. É aí que se sente que o jogo não interessa, pois para lá disso está a vida. O jogo é fácil, mas pouco importante. O que interessa é o que fica do jogo. E aí, the hunter gets captured by the game...